Conserva de acelga e lavanda.
Acelga, cebola roxa, alho, pimenta mexicana que não lembro o nome, um tanto de mel, sal, raspas de laranja, lavanda e flor de lavanda.
Quanto de cada? Ah, sei lá. Nunca fui de receitas e nunca vou ser. Sou do olho, da pitada, do sentir na mão, do fazer diferente cada vez. Eu não sou a mesma todas as manhãs e não entendo porque minha comida tem que ser. Mania besta essa nossa de padrão, de igual, de monotonia.
Tem coisa na vida e na cozinha que precisa de receita sim. Receita exata, e 1ml já muda tudo. Tem um povo das exatas da comida: mas eu sou mais da turma da bio, da turma de letras. E são poucas as coisas na vida e na cozinha que precisam ser assim tão contadinhas – esse vício em exatidão é coisa recente.
A gente se apega à receitas por um tantão de motivos. Muitos por insegurança, por achar que não consegue sozinho, por falta de repertório, por não ter tido mãe nem avó pra ensinar, por comodismo, por querer ser tão legal e magro e loiro quando quem fez a receita, por achar que é assim que se faz então vou fazer…. ou pelo simples costume de sempre seguir …. receitas. Na cozinha e na vida.
Mas vou dizer. Até quando a gente segue receita pode dar errado. Mas é fácil pois culpamos a receita, quem escreveu a receita, o corretor que fez truque com o texto da receita, o amigo que passou a receita errado. A culpa do dar errado nunca é nossa, é mais fácil culpar a receita.
Só que quando a gente não segue receita também pode acontecer de dar certo….. aliás, geralmente dá certo. E a gente descobre que aprendeu o caminho, ao invés de copiar o caminho que outro já fez. E pode chegar até no mesmo lugar – ou em outros – por outros caminhos, inventando, se divertindo, e até levando outras pessoas junto.
Mas isso onde? Na cozinha ou na vida? Nos dois. Afinal é tudo a mesma coisa.
#fazendopracomerdepois
#saintvinsaint
#quarentenactiadasolta
