Comida

Babaçu: bolo, pão, dá pra fazer tudo bom ele…

Testes com farinha de babaçú! 

Pra quem não conhece ( eu também não conhecia até pouco tempo atrás ) o babaçu é uma das palmeiras mais representativas, antigas e com maior aproveitamento que se tem notícia no território Brazuca. 

Orbignya speciosa, nativa do Brasil. 

Aparentemente as palmeiras já estavam aqui bem antes de chegarem os europeus, e já era usada extensamente na alimentação. Do babaçu dá pra comer as castanhas, dá pra fazer óleo, dá pra fazer farinha, e até mesmo combustível vegetal ( seja ele carvão ou biocombustível para aviões, pasmem.. ). 

Os babaçus estão presentes em massa no norte e nordeste do Brasil, representando importantíssima renda para inúmeras famílias, que vivem da subsistência de extração do babaçu. 

Uma figura importante no meio dos babaçuais é a quebradeira, geralmente mulher, que quebra os cocos para tirar as castanhas do babaçu. Suas folhas servem para fazer utensílios diversos, alimentação animal em época de seca e cobertura de casas. Se usa também a palmeira do babaçu tombada ou apodrecida como adubo. 

Aqui, usei a farinha ou pó de babaçu, conhecido como mesocarpo ( coco ) de babaçú. É uma farinha extremamente nutritiva, rica em sais minerais, amido e fibras. Por ter muita fibra, é indicado para problemas de prisão de ventre e controle de peso; mas também tem propriedades analgésicas e antiinflamatórias, sendo usado na medicina popular para artrite, reumatismo, fadiga física e mental, inflamações em geral, leucemia, cólicas e menstruações irregulares. Uf! Dá-lhe babaçu. 

Para o pão, usei uma xícara de farinha de babaçú, 1 xícara de farinha de trigo integral, 1 xicara de aveia, bicarbonato em pó, sal, nibs de cacau e 1 xícara de soro de leite. Daqueles pães rápidos, que fica parecendo um bolo mas tem gosto de pão. Massa mole, 40 minutos no fogo bem baixinho, e voilá. Crocante por fora, macio por dentro.

Agora o bolo… bom… 

Defeitos eu tenho vários. Mas um deles é achar que não preciso de receitas pra que as receitas dêem certo. É, eu sei, pura teimosia e uma certa preguiça de seguir receita. O pior de tudo é que quando não dá certo, eu fico irritada comigo mesma por ter feito merda e não ter seguido a cartilha. 

Lá na Enoteca a galera da cozinha sempre quis me matar, pois nunca fiz ficha técnica de nada. Mas lá eu resolvi chamando gente mais disciplinada e competente nesses aspectos do que eu. 

Agora em casa…. Ah. É uma zona. Hoje, por exemplo, fiquei fazendo testes de bolo com farinha de babaçu e aveia, com bananas inteiras com a casca – pois pra variar deu supersafra de banana e tinha uma pena inteira já bem madura. E estou na pira de testar receitas com farinhas diferentes.

Os primeiros bolos e pães eu anotei tudo, bonitinho. Mas dai chega aquela hora que você começa a fazer tudo de olho, e…. Pois é, o melhor bolo acabou sendo feito sem receita. Ou seja, provavelmente nunca mais vou conseguir reproduzir ele de novo. 

Foram mais ou menos 4 bananas inteiras, com casca. Uma xícara ( acho ) de farinha de babaçu e outra de aveia. Umas duas colheres de manteiga. Meia xícara ( ma o meno ) de soro de leite cru de cabra, meia xícara de cacau puro e meia de açúcar de coco. Quatro ovos, com as claras em neve que juntei só depois na hora de botar na forma, duas colheres de chá de bicarbonato de sódio. Gengibre e casca de laranja ralada. 

Uns quarenta minutos em forno bem baixinho.

Mas são só suposições! Hahahaha… da próxima vamos ver se eu aprendo a lição e foco em anotar as medidas!! 

29/2/2016
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