Naturebas italianos & eslovenos: Olek Bondonio, Barbaresco.
Barbaresco!!
7km2 no coração do Piemonte de algumas das uvas mais disputadas do planeta. Por essas bandas, nascem os Barbarescos, os Barolos e as Barberas – e meio como quem é de cachorro ou de gato, existem pelo mundo os Barolistas e os amantes de Barbaresco. A uva que reina é a Nebbiolo. Viemos até aqui, visitamos a cidade de Alba, e vamos conhecer um produtor da turma dos naturebas que faz vinhos aqui em Barbaresco: Olek Bondonio.
A família de Olek Bondonio está na propriedade desde o final dos anos de 1800. Em 1984, seu tataravô foi um dos pioneiros na fundação da Cantina social da região e “invenção” do Barbaresco. Ele aprendeu a fazer vinho observando seu avô e as pessoas que trabalhavam na vinha. Foi fazer faculdade em viticultura e enologia, trabalhou em diversas partes do mundo e em 2005 iniciou sua própria cantina e seus próprios vinhos. Vinhedos orgânicos, sem tratamentos sistêmicos, apenas cobre e enxofre. Leveduras selvagens, so2 baixo, sem clarificação, sem filtragem, malolática espontânea. Ele define seu método de trabalho como biosinergia. Os vinhedos tem aproximadamente 30 anos, implantados entre 79 e 80. Experimentamos alguns vinhos ainda nos tanques e barris: é daqueles que te apaixonam no primeiro gole……
Nebbiolo! Uvinha famosa e disputada aqui na região do Piemonte, base para os Barbarescos e Barolos. Amadurecimento tardio, taninos marcantes e tendência a dar muita longevidade aos vinhos. Embora estruturada, de uma elegância ímpar – muita gente faz paralelos com ela e a Pinot Noir. O nome vem de “névoa”, “nebbia”, característica da região na época da colheita, lá por Outubro. Uva antiga, acredita-se que é autóctone do Piemonte. Plínio o velho já falava da qualidade dos vinhos dessa região lá no século I.
Vinhedos de Nebbbiolo do Olek, aqui em Barbaresco. O branco no chão não é areia, mas sim um solo argiloso. As variedades de Nebbiolo que ele planta são Michet e Lampia.
Depois do Olek, mais vinho, claro. O Orsi , além dos produtores, estava nos levando para conhecer vários restaurantes interessantes, e obviamente, vinhos idem.
Alguns vinhos que tomamos por lá, a maioria apresentado pelo Orsi. Tudo da galera natureba. Valfaccenda Roero, Piemonte, um Nebbiolo fora do circuito manjado, delicita. Ansonaco Carfagna, da Isola del Giglio, ilha na região da Toscana, de uva autóctone Ansonaco ( Inzolia ). Arpepe Sassela Rocce Rosse 2001 – dispensa apresentações, Nebiollo de Valtelina. Casa Caterina Cuvée 60 Brut, espumante de Chardonnay de Franciacorta.
Outras biritas naturebas que embalaram nossas refeições: Voltumna Zeno, um Sangiovese com Pinot toscano. Casa Caterina Cuvée antique rosé, Pinot Meunier de Franciacorta. Le Cince, um Cerasuolo D’Abruzzo da de Fermo, Montepulciano vinificado em branco, cor de cerejinha ….. E dos três, é o que acabou de chegar no Brasil. Vai pra carta, com certeza….
Fim de tarde, fazendo nada… vamos comer e beber um pouquinho só pra não perder o ritmo!
Pignoletto frizante e mortadela. Todo mundo devia experimentar isso na vida um dia. Pena que não deu pra contrabandear a mortadela pro Brasil – eles fazem com os porquinhos que criam aqui na Azienda. E é famosa: todo mundo que encontra com o Federico pergunta sobre ela. Sorte que o Pignoletto já está aqui no Brasil… Rs