Sustentabilidade, Divagações

Consumo de carnes e derivados.

 

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Existem muitas razões para consumirmos mais vegetais e menos carnes. A tal da alimentação “plant based”, baseada em vegetais, ou seja, priorizando e dando mais espaço no prato para legumes, verduras, leguminosas, grãos, sementes, frutas, etc. Mas principalmente verduras e legumes. São muitas. Muitas. Inúmeras. Não dá pra falar profundamente em um só post.

Nossa saúde, obviamente, só pra começar. Juro com ela, a saúde do meio ambiente e dos outros seres vivos. Bem estar animal, industrialização dos mesmos, excesso de consumo de carnes e derivados. Degradação de florestas, mares, solos e ar. 


Por exemplo, vamos começar com a questão do bem estar animal. Não tem nada a ver com radicalismo, abraça árvore, teoria da conspiração ou superficialidades pseudo éticas. Tem a ver com puro e simples bom senso. Pessoas informadas tendem a fazer a coisa certa. Pessoas mal informadas, tendem a consumir o que não consumiriam caso soubessem da onde vem ou como são feitas as coisas.


Por acaso você sabe como são criados os animais que você consome? Sabe se são confinados, submetidos a remédios e a práticas de industrialização, alimentação não natural para espécie ( tipo peixe que come ração a base de frango – em que mundo isso aconteceria na natureza? ). Você sabe se os animais que você consome comeram ração feita com grãos, e se eles são ou não transgênicos? Ou se os animais que você consome poderiam mesmo estar comendo esses grãos – se o sistema digestivo deles suporta isso, ou se eles são alimentados com grãos mesmo se eles não conseguem digerir isso bem ? – sim, vacas não foram feitas pra comer grãos, mas pasto. E esses grãos, você sabe se eles estão sendo cultivados com agrotóxicos, devastando áreas de preservação? E o pasto? Ele está desmatando florestas? Ok.

Mas e os antibióticos? E os promotores de crescimento? E as práticas cruéis como cortar bicos, separar ninhadas, caminhadas exaustivas, estruturas ósseas frágeis, abate precoce, trituração de animais vivos, furos no sistema digestivo para retirar massa não digerida de ração? Você sabia que mais da metade dos campos cultiváveis – em extensas monoculturas, óbvio, cheias de agroquímicos – são destinadas a alimentação de animais que depois vão alimentar humanos? E que se plantássemos vegetais variados nesse mesmo espaço, hipoteticamente, não haveria fome no mundo? É. Loucura.


Sem falar dos derivados. Galinhas que botam mais ovos do que deveriam, vacas que dão mais leite do que deveriam – a base de sistemas de criação intensiva e muitos aditivos – leites doentes e frágeis de animais doentes e frágeis, que tem mais aditivos químicos do que leite mesmo, queijos idem. E não adianta achar que os derivados são menos cruéis numa escala industrial. São derivados de animais criados sob as mesmas condições que os de corte – e muitas vezes, até piores.


Pois é. A maioria das pessoas não faz idéia do que é uma indústria que vê o animal como produto alimentício, e não como um ser vivo. Não adianta fazer aqui propaganda contra. Pesquisem. Quem se informa acaba criando aversão, naturalmente, à indústria alimentícia convencional de carnes e derivados. Por isso, antes de espernearem e achar que sua bandejinha de peito de frango ou seu salmãozinho é o Must do saudável, se informem sobre a produção massiva e industrial de carne bovina, de leite, de ovos, de frangos, de peixes. Vocês vão ver como, provavelmente, irão mudar seu consumo de maneira drástica. Mas qual a solução? Não consumir animais ou derivados industriais/convencionais? Pois é. Não consumir. As criações orgânicas, sustentáveis e pequenas estão aí para isso. Mas isso é outra história.

 

4/11/2016
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